I Parte
Abdicando o poder de transformar pedras em pães.
Em minha postagem passada “Os Todos Poderosos”, abordei o assunto por uma ótica muito especial de olhar alguns textos bíblicos, em peculiar as passagens onde Jesus exibe seu poder, agora quero olhar para o texto da tentação de Jesus, onde ele se nega a usar seu poder.
Jesus fora batizado por João o batista (profeta), agora é levado em espírito ao deserto para ser tentado pelo diabo.
Jesus primeiramente tendo fome é tentado a transformar pedras em pães.
Depois e tentado a se arremessar do alto do templo, por ultimo é convidado a se prostrar e adorar o diabo em troca o diabo lhe daria o mundo.
Quero me focar nesta postagem somente onde Jesus é tentado a transformar pedras em pães.
Não pretendo fazer uma análise literal do texto, penso ser um caminho inviável para interpretalo, quero exergá-lo como a proposta de Jesus para lidar com as dificuldades da vida e em seu ministério a partir de agora.
Na primeira tentação ele já está em consagração há 40 dias e está com fome, é tentado a usar sua filiação com Deus para benéfico próprio.
Se alimentar é uma necessidade básica do ser humano, se ele não comer não sobrevive, Jesus estava com fome é tentado a quebrar a condição humana, as ordenações divinas dada ao homem que do suor do seu rosto comera o pão de cada dia (Genesis 3, 19).
Jesus então aceita sua condição humana e se nega a viver uma vida de providencias divinas, onde as coisas caem do céu em seu colo sem esforço algum, se há necessidades em minha vida tenho que suar conforme a palavra de Deus, suor significa esforço, luta, trabalho árduo, sem a ajuda divina.
Mas o que vemos hoje nas maiorias das igrejas é diferente, os crentes são ensinados a usar sua filiação com Deus para alcançarem luxos, carro do ano, apartamento, causas na justiça, porta de emprego, tudo caindo do céu sem o menor esforço.
Fazendo de Deus uma lâmpada mágica, no momento em que o alisamos o acariciamos ele realiza meus desejos, existem condições em que igrejas colocam a adoração a Deus como um momento de persuadir a Deus, usando técnicas de persuasão e bajulação para que ele nos conceda o que pedimos, isso não nos parece mas um culto pagão? Se não me engano não são algumas praticas afro que realizam esse tipo de culto a divindades? Essas práticas não pertencem ao cristianismo.
Estou falando de desejos, nem necessidade básica é, como a de se alimentar, como diz o texto.
O fantástico da história é que os evangélicos em sua maioria rotulam os católicos de idolatras, adoradores de imagens, e as imagens que a maioria das igrejas evangélicas criam e adora um Deus que não existe, esse Deus o qual parece uma marionete sem personalidade, que executa todos os movimentos que eu quero através da fé como um cordão, que quando eu o puxo a mão de Deus se move, esse não é Deus, é um boneco, criação humana, isto tambem não é idolatria?
Novamente vemos Jesus abdicando seu poder para se auto beneficiar, todas as vezes em que ele usará seu poder a partir de agora será para ajudar o próximo.
Sua condição agora é humana, não aceitou a viver na exeção e providêndia divina.
Se somos chamados de cristãos é por que tentamos seguir as pegadas de nosso mestre, tenho certeza que pessoas e igrejas que assim agem estão se distanciando da proposta Cristã a qual Jesus optou em viver aqui nesta terra, a maneira que Jesus viveu deve ser tambem nossa maneira de viver.
Paulo o apóstolo inspiradamente por Deus é perfeito em sua colocação filipenses 2,5 a 8.
De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, SENDO EM FORMA DE DEUS, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas ANIQUILOU-SE A SI MESMO, tomando a FORMA DE SERVO, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado NA FORMA DE HOMEM, HUMILHOU-SE A SI MESMO, sendo obediente até à morte e MORTE DE CRUZ."
Keiker Oliveira.
Inspiração de um trecho do livro Direto ao Ponto / Autor Ricardo Gondin / Editora Doxa.
Graça e Paz.
