quarta-feira, 21 de abril de 2010

Livramento uma questão de Fé.


Relfexões sobre as tentações de Jesus Parte II

MT 4: 5-7



Postagem passada começamos uma caminhada reflexiva sobre as tentações de Jesus.

Passada a primeira tentação, caminhamos para a segunda tentação, agora Jesus é levado até o pináculo do templo, e o diabo lhe diz se tu és o filho de Deus lança-te daqui, por que está escrito aos teus anjos dará ordens ao ter respeito para que não tropeces em pedras.

Jesus lhe diz que também está escrito para não tentar o Senhor nosso Deus.

Quando leio as tentações vejo as propostas que Jesus assumiu para sua vida, na primeira tentação ele abdica o poder de usar sua filiação para com Deus para beneficio próprio.

Muitas das vezes leio alguns textos da bíblia talvez por herança religiosa, não conseguimos distinguir as ações milagrosas de Deus e a fragilidade da vida humana, fato é que nos textos vemos que Deus livra os seus.

O Salmo 34 verso 7 o anjo do Senhor acampa ao redor daquele que o teme, e os livra.

Salmo 127 verso 1 diz se o Senhor não guarda a cidade em vão vigia a sentinela.

Quando lemos as histórias de Daniel, Sadraque, Mesaque e Abednego, vemos as ações livradoras de Deus.

Pois bem, que Deus tem o poder para livrar isso fica indiscutível, Deus é o todo poderoso e ponto.

Quando lemos os evangelhos vemos Deus se revelando em Jesus, em Jesus vemos como Deus se comporta encarnado, em Jesus vemos como Deus respeita a fragilidade da vida humana, Jesus sabe que é um mortal, ele sabe que Deus pode e tem o poder de livrá-lo.

Mas mesmo sendo o unigênito filho de Deus, sabendo que Deus olha por ele, isso não lhe da o direito de querer colocar Deus a provas, se Deus é na minha vida e eu sou seu filho ele vai me livrar.

Jesus conhece sua condição humana, se Jesus se precipitasse laje a baixo ele morreria.


O que mas me chateia é o discurso religioso, Deus tem sim o poder para livrar, mas os discursos religiosos me levam a desconfiar que muita coisa não é livramento de Deus, creio que a vida e muito mais valiosa do que a Honda cg 125 vermelha do presbítero da igreja.

A vida e muito mais valiosa do que a minha carteira.

A vida e muito mas valiosa do que o pára-choque do meu carro.

Me lembro de um jovem que era de uma igreja perto da minha casa e com freqüência eu ia cultuar a Deus com eles, o Peter é um jovem que nunca esquecerei, meigo, simples, amoroso, atencioso, quem não via o Mestre na vida do Peter ?

Infelizmente o Peter morreu em um trágico acidente de moto, quantos jovens choraram a perda do Peter, o Peter era apenas 2 anos mais velho que eu 19 ou 20 anos, não se formou em teologia, não se casou, talvez deixou namorada, mas com certeza deixou pai, mãe e irmãos com muita dor e saudades.

O discurso religioso para o livramento não tem sustentabilidade, por que se crente não morre-se em tragédias daria para pensar no caso, mas a bem da verdade e que um motoqueiro morre por dia em São Paulo, seja ele crente ou não.

Quantas fatalidades alcançaram os lares evangélicos, crente perde casa em desmoronamento,crente morre soterrado em esconbros, crente morre de câncer , crente e atingido por bala perdida, jovem crente vai prestar vestibular, e o pai e convidado a reconhecer o corpo da filha no banheiro, por ter sido vitima de abuso sexual e assassinato.

Jesus conhece a fragilidade da vida, e decide não viver dependendo de livramentos, antes ele cuida para que seus inimigos não o prendam, antes da hora, prematuramente, mas quando é levado a cruz lhe dizem:

Se tu és verdadeiramente o filho de Deus desse e creremos.

Jesus leva consigo a plenitude da vida humana e morre tragicamente, inocentimente tendo a certeza que só Deus é eterno, imortal, mesmo sendo Deus carrega em si a fragibilida humana, mas não pratica o livramento, e quando olha para o pai, onde ele está? Ainda sim entrega seu espírito a Deus, na mais absurda agonia não viu o Pai, mas continuou confiando nele.

Eis então o grande paradoxo do livramento, se Deus amou o "MUNDO" (todos sem excessão) de tal maneira, por que poucos recebem o livramentos, e muitos, seja ele crente, ou de outra prática religiosa é alcansado pela fatalidade muitas das vezes brutal, parace-me que esse deus do discurso religioso é seletista e faz acepção de pessoas.

Devemos pois viver com responsabilidade, pois a vida e muito frágil, mesmo sabendo que Deus pode livrar devemos viver como se o livramento nunca fosse acontecer, embora muitas das vezes ele ser atribuido a Deus, se Deus livrou ou não, e uma questão de fé.

Paulo o apóstolo inspiradamente por Deus é perfeito em sua colocação filipenses 2,5 a 8.

De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, SENDO EM FORMA DE DEUS, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas ANIQUILOU-SE A SI MESMO, tomando a FORMA DE SERVO, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado NA FORMA DE HOMEM, HUMILHOU-SE A SI MESMO, sendo obediente até à morte e MORTE DE CRUZ."

Keiker Oliveira. Graça e Paz

4 comentários:

  1. fique avontade
    não espero que concerde comigo, mas ao se questionar e não concordar ja terei alcansado meu objetivo. keiker

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  2. Gostei muito de seu texto.. simples e sincero, direto..
    abraços

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  3. Parabéns pelo texto, Esse é o verdadeiro “poder de Filho” que devemos pedir a Deus. Uma das maiores prova de que o sofrimento e a enfermidade chega a casa de uma pessoa que tem a Cristo é a cena da sogra de Pedro, pessoa que hospedava Jesus em sua casa e mesmo assim não ficou livre de adquirir uma enfermidade.Muito bom mesmo. O pessoal do G12 vai atras de vc rssss.

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  4. nossa fico muito feliz por cada comentário, seja ele bom ou ruim mostra que minha obra esta sendo lida, lio e silvia

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